domingo, outubro 23, 2005

III Encontro de Arqueologia do Algarve - 20 a 22 Outubro em Silves

Decorreu nos dias 20, 21 e 22 de Outubro mais um encontro de arqueologia do Algarve, que contou com a participação de nomes das várias regiões bem como ilustres convidados do país vizinho, Espanha, que têm vindo a desenvolver trabalhos em colaboração com os nacionais.

Fissul, Local do III Encontro de Arqueologia do Algarve

O encontro veio a demonstrar a qualidade executiva dos trabalhos que se têm vindo a desenvolver na nossa região, que de forma alguma nos coloca no pé de trás da evolução, como às vezes o Algarve parece ser demonstrado, numa visão pouco ilucidativa, pois o Algarve já não é nem pode ser só um chamativo turistico de sol e mar.


Uma das ruas da cidade de Silves

Neste encontro referenciaram-se trabalhos desenvolvidos em Lagos, Silves, Tavira, Portimão, Alcalar, Cacela, Alcoutim, Vale Boi, Castro Marim e Monchique, nas áreas da arqueologia terrestre e subaquática, nos diversos períodos da história desde a pré-história até à época moderna.


Visita ao Nucleo Museológico localizado no Castelo de Alcoutim

No dia 21 foi realizada uma vista a Alcoutim, onde foi possivel apreciar os trabalhos desenvolvidos na região em relação à conservação e museologia de espaços arqueologicos como foi o caso de Montinho das Laranjeiras, e de trabalhos em curso como é o caso do Castelo Velho.


Montinho das Laranjeiras, Alcoutim

Montinho das Larangeiras é um local de ocupação romana do século I, com continuação da ocupação do local nos séculos VI-VII de domínio ravenaico-bizantino e posteriormente séculos XII-XIII da sua ocupação islamica.


Castelo Velho, Alcoutim

O Castelo Velho é uma construção do período islamico de muralhas de xisto e grauvaque argamassadas em terra e visivelmente destruido; as muralhas estariam revestidas a cal e estuque, tal como ainda é possivel verificar-se em alguns locais da muralha.


Pormenor da vista panoramica do Castelo Velho sobre o Guadiana
Monica Reis

Este encontro, que decorreu sem grandes sobresaltos, permitiu não só a troca de conhecimentos como possibilitou a (re)descoberta de factos, história e estórias. Para mim, enquanto obervadora atenta (na minha singela condição de estudante), este e outros encontros vão ser sempre uma luz imprescindível no meu caminho.

2 comentários:

  1. Muito bem sim senhor. Gosto de saber que a arqueologia mexe e anda sem as botas arqeuológicas de Lisboa, mas ...

    Junto à entrada do museu em Alcoutim, está aquilo a fazer o quê ?

    Que raio de mania de encher as velharias com modernismos !!

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  2. Concordo com o ultimo comentario. Seculo XXI.
    Os Portugueses são especialisas do atentados ambientais e patrimoniais (e parecem muitos satisfaitos e orgulhosos disso)construindo sempre coisas modernas e muitas feias nos lugares com historia... Vai là Man'el enche isto tudo de concreto!... O povo é talvez pouco educado e estupido mas os autarquas e as elites intelectuais (incluindo os da DGEMN, do IPA, etc) tambem são => ver algumas Pousadas, o projeto para o castelo de Pombal e muitas outras obras sem jeitos nenhum. O pior é que vão sempre destruindo... Este pais merecia melhor.

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