quarta-feira, abril 06, 2005

Humor Arqueológico Parte II - de A a i

Mais uma vez, e o prometido é devido, cá está mais um pouco do tal humor arqueológico que encontrei na internet.

Glossário da Arqueologia vista pelo lado humoristico

ACERTAR O CORTE – Acção de bater com a picareta na cabeça do Arqueólogo que se posicionou atrás em atitude cusca (há sempre um, pelo menos).
ACOMPANHAMENTO DE OBRA – Ficar do outro lado da moita para quem está a “mandar o fax”, não ser apanhado “com as calças na mão”.
AMESTRADO – Como o próprio nome indica, trata-se de um arqueólogo antes de concluir o mestrado.
ARQUEÓLOGO – Categoria profissional que se distingue por exibir um grau extremo de “cusquitis macabrus” . É capaz de passar meses a esgravatar na terra só para saber da vida de pessoas que já morreram há muito tempo. Para um arqueólogo, só uma coisa o pode desviar desta doentia actividade: tentar saber da vida de outro arqueólogo.
BÁCULO – Leitão num Restaurante Chinês.
BIFACE – Existem alguns na comunidade arqueológica, como em todas as profissões (normalmente chamados de vira-casacas ou troca-tintas). Para os nossos apaixonados, ingénuos e honestos arqueólogos fica o aviso: "Cuidado! Um golpe de Biface pelas costas pode matar!!!".
BRONZE FINAL – Praia de Monte Gordo por volta das três da tarde.
CERÂMICA BÉTICA – Cerâmica produzida na zona de Cascais, antes da invenção dos chás de caridade, dos tapetes de Arraiolos e das festas do Jet-Set.
CERÂMICA CAMPANIFORME – Cerâmica que, na sua génese, era suposto ter a forma de uma campa. No entanto, por manifesta falta de jeito dos artesãos (só conseguiam formas arredondadas) e de paciência dos chefes das tribos, acabou por ficar com a forma com que hoje a vamos encontrando.
CERÂMICA CARDEAL – Cerâmica de rara qualidade, o seu uso só era permitido às altas individualidades do clero.
CERÂMICA COMUM – Todo o fragmento de cerâmica que, ao ser encontrado por um arqueólogo, é enquadrado na classe “que raio de bosta é esta?”.
CERÂMICA SIGILLATA – Cerâmica feita em segredo.
CERÂMICA VIDRADA – Cerâmica inventada pelos Árabes, era produzida após inalação de substâncias ”inebriantes”.
CONGRESSO – Ritual arqueológico que engloba dois espaços: Auditório – Área de entretenimento em que se paga para ver concursos de ofensas entre Arqueólogos; Corredores – Zona muito mais frequentada onde, nos intervalos da cusquice, por vezes se fala de Arqueologia.
CORDA SECA PARCIAL – Corda húmida.
CORDA SECA TOTAL – Corda podre.
COTAS - ...são cotas!
CUSQUICE – Espécie de relatório de escavação mas que difere deste no seguinte: é publicado diariamente; chega a toda a comunidade arqueológica em menos de um dia; interessa a todos os Arqueólogos e não consta que haja algum em atraso.
DEFINIR CAMADA – Perguntar a um Arqueólogo o que bebeu na noite anterior.
ENTESAR – Acto de elaborar uma tese.
ESTAÇÃO TOTAL – Espaço de tempo que decorre entre um Solstício e um Equinócio e vice-versa.
ESTUDO DE IMPACTO – Tarefa executada por Arqueólogo quando quer testar a quantidade de pancada que aguenta.
ESTUDO DE MATERIAIS – Acção desenvolvida pelos Arqueólogos no primeiro dia de campanha, à medida que vão chegando os voluntários.
FRACTURA RECENTE – Aspecto da cabeça de um Arqueólogo logo após o "acerto do corte" (ver acima).
FÓSSIL DIRECTOR – Termo que designa certos directores de escavação que, devido à sua idade avançada, passam os dias de escavação (nas raras ocasiões em que vão ao campo) sentados à sombra (numa cadeirinha desmontável que trouxeram de casa) a “comandar as operações”.
INSEMINAR – Embrenhar-se na feitura do famigerado “trabalho de seminário”.

1 comentário: