"Duas estátuas avaliadas em 50 mil euros foram roubadas do Palácio de Estói, em Faro. A Polícia Judiciária já está a investigar o assalto. Esta não é a primeira vez que o palácio é assaltado, e o presidente da Junta de Freguesia já veio falar em falta de segurança.
As duas estátuas mais emblemáticas do Palácio de Estói, no concelho de Faro, avaliadas em mais de 50 mil euros, foram roubadas entre domingo e segunda-feira, disse à Lusa o presidente da Junta de Freguesia local.
De acordo com José Paula Brito, a Polícia Judiciária de Faro tomou conta da ocorrência. As duas figuras femininas, em tamanho natural, foram roubadas entre domingo e segunda-feira, quando o palácio se encontra fechado ao público, e só segunda-feira ao fim da tarde uma funcionária da Câmara de Faro deu pela ocorrência.
As figuras de mármore, «As Preguiças», de cunho romântico, representam o amanhecer e o pôr-do-sol e tinham sido adquiridas em Itália há cerca de 110 anos pelo Visconde de Estói.
“Até pode haver estatutária mais valiosa do que aquela no jardim de Estói, mas aquelas eram as figuras mais simbólicas, de tal forma que o jardim era conhecido como Jardim das Preguiças”, disse o presidente da Junta de Freguesia de Estói, que avaliou as duas peças entre 10 e 14 mil euros. José Paula Brito recordou que as estátuas eram de tal forma emblemáticas que “os noivos de todos os casamentos que ali se realizavam tiravam fotos junto delas”. Lamentou a depredação a que o palácio tem estado sujeito nas últimas décadas, o que atribuiu à falta de condições de segurança, pois “o muro das traseiras do palácio, com 1,80 metros, é facilmente transponível” e não existem alarmes. Referiu, por outro lado, que a Câmara de Faro não mantém qualquer guarda-nocturno privado e a GNR não faz patrulhas suficientes no local. “Há precisamente um ano, foram roubados dois bustos em terracota e uma estátua em bronze com 70 centímetros e eu na altura exigi que a GNR fizesse patrulhas de hora a hora, mas isso não foi cumprido”, assinalou.
Observando que há 20 anos que se lembra de, continuadamente, haver assaltos no palácio, José Paula Brito referiu ainda ter sido devido a tal razia que muitas das estátuas foram retiradas para o Museu Municipal."
Noticia disponivel em jornal Primeiro de Janeiro
quarta-feira, setembro 20, 2006
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