Foi com muito gosto e com enorme satisfação que o blog Patrimonium aceitou o convite para participar no I Curso de Verão CICCOM
O contacto surgiu por mail por parte da organização, em que diversos blogues foram convidados para contarem as suas experiências, dificuldades e episódios mais interessantes no percurso de gestores dos blogues.
Não deixou de ser uma excelente oportunidade de entrar em contacto com a blogosfera, e também uma forma de sentir que o blogue Patrimonium é de facto um blogue com audiência.
Aproveito para agradecer a todos os leitores a estima com que têm recebido as noticias, são vocês que me dão força para continuar.
sexta-feira, junho 24, 2005
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Novos petróglifos pré-históricos foram identificados na encosta do Monte Góios, em Lanhelas (Caminha), juntando-se às fragas insculturadas com motivos geométricos e zoomórficos reveladas há mais de um século!
ResponderEliminarEsta recente descoberta foi objecto de avaliação pelo director do Centro Nacional de Arte Rupestre (Vila Nova de Foz Côa). A. M. Baptista, corroborando outras avalizadas opiniões, considerou os novos achados de grande valia arqueológica. Isto porque permitem definir um espaço artístico-simbólico-paisagístico cujos contornos, densidade e beleza equivalem, embora em escala mais limitada, ao sítio de arte rupestre de maior relevância da Península (Campo Lameiro, Pontevedra).
Se as lages insculturadas já classificadas, ou em vias de classificação, mais que bastavam, em país civilizado, para interditar qualquer ameaça à sua integridade e ao quadro geológico-botânico onde se inserem, com o recentíssimo alargamento do contexto físico e multiplicação, na encosta do Góios, dos vestígios de arte rupestre do 3º milénio a. C., ou mesmo de data anterior, qualquer intrusão rodoviária ou outra representará um inominável atentado contra o património arqueológico nacional e peninsular.
Tanto mais que está por fazer uma prospecção sistemática, e rigorosamente científica, do mesmo espaço arqueológico em toda a sua extensão. Daí que seja legítimo perguntar, que outras pedras insculturadas permanecerão ocultas no monte Góios, à mercê de decisões que poderão ditar a sua definitiva destruição, a par da que ameça as gravuras rupestres já conhecidas e as agora reveladas?
Quem quererá endossar o ónus, para a posteridade, de uma tão inqualificável, absurda e lesiva sentença de morte de um património artístico de primeira água, como o que temos hoje à vista de todos no Góios, para dar passagem a uma deslocada e inútil ligação rodoviária de uma auto-estrada (IC1/A28), da responsabilidade da Euroscut Norte?
Rodovia que destruiu já, perto de Viana, um castro romanizado na quase totalidade, e desfigurou gravemente a paisagem natural e construída de Argela e Vilar de Mouros, onde feriu de morte, entre outros valores patrimoniais e cenográficos, uma extraordinária relíquia etnográfica - os moinhos em cascata da Gávea. Rodovia que causará ainda danos catastróficos ao contexto natural e habitacional de Gondarém e levará ao colapso a tranquilidade e segurança das aglomerações ribeirinhas da EN13 até Valença.
Pedro S. MAtos