quarta-feira, novembro 24, 2004

Filme a não perder - Alexandre


Imagem de Cartaz

Cena do Filme

A galeria de grandes filmes históricos está para ganhar mais um título em breve. É o que se antecipa pelos nomes envolvidos em um dos projetos mais quente do momento em Hollywood: "Alexandre, o Grande". Dirigido por Oliver Stone e tendo Colin Farrell ("Minority Report") como o personagem-título, a obra promete ser ainda mais impressionante que "Gladiador", pois sua história contém uma riqueza que possibilita a exploração de um fascinante universo de personagens, locações, cenas grandiosas e aventura.

A História de Alexandre Magno

Filho do rei Filipe da Macedónia, Alexandre nasceu em 356 a. C. Os historiadores registam a sua personalidade multifacetada: a ânsia de saber, de estudar as realidades das novas terras que foi tomando (para o que foi decerto estimulado por Aristóteles, seu mestre da juventude); a forma implacável como lidou com os generais e governantes do seu império em quem deixou de confiar ou que contra ele conspiraram; as honras que dispensou ao seu grande inimigo Dario aquando da morte deste; o desejo de ser deificado, talvez mesmo a auto-persuasão de ser divino.
Já durante o reinado de seu pai Alexandre se distinguira no plano militar. Filipe morreria assassinado no ano de 336 a. C. Sucedendo-lhe, Alexandre de imediato submeteria vários povos dos territórios circunvizinhos aos seus domínios e faria incursões na Ásia. Na Primavera de 334, com um exército de combatentes gregos e macedónios, iniciou uma campanha contra o império persa que se saldou por um êxito retumbante. Batalhas sucessivas contra os exércitos de Dario permitiriam a Alexandre a conquista de grande parte da Ásia Menor.
As campanhas do macedónio iam prosseguindo. A conquista do Egipto no ano de 332 a.C. representava o controle de toda a costa do Oriente mediterrânico. Entretanto, Alexandre ia organizando o seu império, ora reconduzindo, ora substituindo por homens de sua confiança os governantes dos povos e territórios submetidos. Fundou também algumas cidades, como a de Alexandria, no Egipto. Um ponto central da sua política de consolidação do império residia no incentivo à miscigenação de helenos com persas. Mais tarde, em 324 a. C., ele próprio daria o exemplo desposando uma das filhas de Dario. Aliás, a intenção de integrar plenamente os persas fez desde cedo parte da sua política: deu-lhes ou deixou-os manter cargos de governação e entregou-lhes algumas funções de comando no exército.
Estabelecido o domínio helénico sobre o império persa e morto Dario (por um usurpador, em 330 a. C.), Alexandre, com um exército extraordinário, lançou-se à invasão da Índia em 327 a. C. Viria a ser uma campanha atribulada: Alexandre obteria algumas vitórias importantes, fundaria duas cidades, mandaria erigir alguns templos, mas acabaria por ter que efectuar uma penosa retirada em finais do ano de 325 a. C.
Alexandre morreu, ainda jovem, em 323 a. C., deixando um império extenso que dentro em pouco havia de se fragmentar. Contudo, se a unidade política se perdeu, a influência helénica no mundo mediterrânico e em parte significativa do continente asiático perduraria.
Monica Reis

1 comentário:

  1. Este filme pareçe mesmo prometer, segundo alguns críticos é um "must view". Os amantes da Antiguidade Clássica iram de certo ficar deliciados, certo? Sem dúvida, não queremos é ser confrontados novamente como no filme de Tróia, com uma imagem de um soldado a subir umas escadaria muito confortávelmente com os seus ténis Nike, pois mas é mesmo verdade, pareçe ilariante não é? . No que diz respeito ao filme ser fiel à verdadeira História, está é quase uma pergunta retórica.Bom só nos resta mesmo ir ver o filme, até lá cruzem os dedos, não queremos ficar decepcionados.

    Bruno Lopes

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